A ideia da Kombi surgiu depois da 2ª Guerra Mundial, em Wolfsburg (cidade sede da Volkswagen). O holandês Ben Pon tinha o desejo de criar um carro multiuso usando como base a plataforma do primeiro Fusca, o Type 1. Os primeiros esboços de Pon foram feitos em 1947.
Depois de diversos testes surgia o Type 2, que ganhou as ruas no dia 8 de março de 1950. Ela foi um dos primeiros veículos com carroceria monobloco e estilo round square. Lá fora foi chamada de Transporter, com versões Kastenwagen (furgão) e Microbus (com bancos). O que poucos sabem é que o nome Kombi é um apelido brasileiro, uma abreviação de Kombinationsfahrzeug, que em alemão significa “veículo combinado” ou “veículo multiuso”.
Uma das inovações que o modelo trouxe foi colocar o motorista à frente de todos os comandos, colocando o motor e todos os outros sistemas posicionados abaixo ou atrás do condutor. O primeiro motor da Kombi alemã era um 1.1 boxer com apenas 24 cv. Com este arranjo havia um melhor aproveitamento do espaço interno, o que era de extrema importância, considerando a base pequena do Fusca.
As primeiras Kombis totalmente brasileiras foram produzidas a partir de 1957 na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP) com motor e câmbio ainda importados da Alemanha. A potência já era de 36 cv, maior do que a do modelo de 1950. Antes disso, ela era importada e montada pela Brasmotor em regime CKD (Completely Knock-Down, ou seja, chegava totalmente desmontada).
No Brasil, a história da Kombi durou muito tempo. Ela durou de 1957 a 2013. O que fez da Kombi um dos modelos com mais tempo de produção ininterrupta do mundo. Ela só saiu de linha devido às novas regras de segurança veicular, que exigiam air bags e freios ABS em todos os carros produzidos no País.
Confira as principais mudanças da Kombi Nacional:
1957: Kombi com 50% das peças produzidas no Brasil, sendo assim, o primeiro veículo da marca Volkswagen a ser produzido no país;
1961: Kombi versão 6 portas. Transmissão com todas as marchas sincronizada, marcador de combustível no painel e o fim das bananinhas de sinalização;
1963: mais 2 janelas de cada lado nas laterais e nos curvões traseiros além do vidro maior na tampa traseira;
1964: novas lentes do pisca dianteiro;
1965: a grade de ventilação do motor com aletas viradas para dentro. Vincos na caixa de roda traseira;
1967: novo motor, de 1500cc. Uma barra estabilizadora na dianteira e rodas 14 polegadas. Internamente, os bancos dianteiros passaram a ser 1/3 2/3. Chega ao mercado A Kombi Pick-Up de cabine simples;
1968: sistema elétrico de 12 volts, no lugar do antigo sistema de 6 volts. Adoção dos para-choques sem as “almofadinhas”, sendo adotada uma peça lisa.
1976: Chegada da Kombi Clipper. Muda a frente do carro, para-brisa único, com portas que permitiam abaixar os vidros com manivela, novo motor de 1600cc com carburação simples. Servo freios foram adicionados, a suspensão foi modificada também. Pra finalizar recebeu o “novo” painel que já era utilizado nos modelos europeus;
1978: carburação dupla, substituição das cruzetas e caixas de redução por juntas homocinéticas;
1981: Pick-up cabine dupla, motor a diesel, e nova refrigeração a água;
1983: rodas 5×112, freio a disco nas rodas dianteiras, o cinto de segurança de 3 pontos e encosto de cabeça;
1987: Fim da Kombi Luxo, Kombi Cabine Dupla e da motorização a Diesel;
1992: Adição de catalizador no sistema de exaustão, reduzindo assim a emissão dos poluentes.
1997: portas corrediças, novo teto de 11 centímetros, vidros laterais e traseiros maiores e inteiriços. Lançamento da Kombi Carat.
1998: recebe injeção eletrônica, o que fez com que a Kombi ficasse mais potente e mais econômica,
2000: Fim da edição Pick Up;
2005: Fim Kombi com motor a ar. Lançamento da Kombi Série Prata, com apenas 200 unidades, todas na cor prata, com diversos itens exclusivos.
2006: Kombi com motor 1.4 flex com refrigeração a água;
2007: Kombi 50 anos, versão com apenas 50 unidades produzidas. É uma das mais raras versões já lançadas;
2013: Final da produção da Kombi, lançamento da versão The Last Edition, com apenas 1200 unidades.
Você conhecia essa história da nossa querida Kombi? Já teve experiências nela? Conta pra gente aqui nos comentários.
