O Ford Maverick nasceu em 1969, nos EUA, e foi concebido para bater de frente contra a invasão de carros europeus e japoneses ao mercado americano. Nessa época o fusca era um dos carro mais vendidos, com vendas superiores a 300.000 unidades anuais, e em 1968 chegavam a quase meio milhão.
Dizem que o nome é uma referência a um fazendeiro chamado Samuel Maverick, um senhor que não marcava o gado com ferro quente, então, qualquer animal não marcado era conhecido como animais de “Maverick”. Motivo porque no emblema americano do carro vemos a representação do chifre de um touro, uma referência ao estado de Texas.
A proposta era fazer um carro para a família, compacto, de manutenção simples e barata, com aparência inspirada no Mustang, e um leve toque esportivo. No dia 17 de abril de 1969 o Maverick foi lançado por US$ 1.995, com 15 cores disponíveis e motores de 2,8 e 3,3 litros, ambos de seis cilindros. No primeiro ano foram vendidas 579.000 unidades – quase 5.000 a mais que o Mustang em seu primeiro ano de vendas.
No Brasil
Aqui a Ford tinha dois modelos de sucesso, o Corcel e o Galaxie. Dois modelos de faixas de preço diferentes, um popular e o outro luxuoso, havia um nicho intermediário a ser explorado. Para decidir qual carro ocuparia essa faixa a montadora preparou uma pesquisa. Foram convidados 1300 consumidores para um evento secreto em que diferentes veículos foram apresentados sem distintivos e logomarcas que permitissem a identificação: um Opala, um Corcel, um Maverick norte-americano e um Ford Taunus europeu. A pesquisa acabou elegendo o Taunus como o provável carro que cairia no gosto do público.
O problema é que para colocar o Taunus no mercado nacional seria necessário um motor que a Ford só conseguiria construir em 1975, com a conclusão de uma nova fábrica, Além disso, a suspensão traseira independente aumentava o valor da produção, o que se tornou inviável para a Ford. Dessa forma, eles decidiram ignorar a pesquisa e optaram por lançar o Maverick, já que a maioria dos componentes poderiam ser herdados do Aero-Willys, como motor e transmissão.
Lançamento
O primeiro Maverick foi apresentado na versão duas portas cupê, porém, o espaço no banco traseiro não agradou o público de imediato.
Mas a carroceria era perfeita para a versão GT, que contava com câmbio de quatro marchas e alavanca no assoalho. O Maverick era revelado em três versões, Super, Super Luxo e GT com motores V8 importado, de 4,95 litros, a qual saia de fábrica, com pintura metálica e direção hidráulica como únicos opcionais.
Os concorrentes (Opala 6cc, Dodge Dart e Charger RT, equipados com V8 308) não conseguiram bater o sucesso do Maverick na época. O desastre foi o Maverick “seis bocas”, que era mais pesado que o Opala e tinha um desempenho muito próximo de qualquer quatro-cilindros, além de “beber” como um V8.
O fim da linha foi a chegada da crise do petróleo no final dos anos 70. Assim, em 1979 depois de mais de 100.000 unidades vendidas, o Maverick saia de linha para dar lugar ao Corcel II.
Confira alguns Mavericks que estão usando rodas nossa.
